Dois incidentes envolvendo peças de veículos ou cargas mal acondicionadas são registrados por dia no trecho sob concessão da BR-163, conforme dados da Rota do Oeste. Os casos colocam em risco a segurança de quem trafega pela rodovia e poderiam ser reduzidos com cuidados adequados com a carga e a manutenção periódica dos veículos, especialmente quanto aos pneus e sistema de freios.
No decorrer de 2017, a Concessionária registrou 745 incidentes envolvendo peças de veículos (campanas, ressolagem, para-choque, pedaço de freio) e objetos diversos (pedaços de madeira, ferramenta, barra de ferro). Em 196 situações, esses fragmentos foram arremessados sobre outros veículos. No restante dos casos, peças e objetos atingiram terceiros de alguma forma.
O levantamento da Rota do Oeste demonstra ainda que foram recolhidos cerca de 24 mil materiais de plástico, borracha, madeira, ferro ou borracha relacionados a veículos. Os objetos mais encontrados na rodovia são a borracha (proveniente dos pneus) e o metal (ferramentas, barras de ferro, campana, pedaços de freios). (Ver quadro)
Diante dos números, o diretor de Operações da Rota do Oeste, Fernando Milléo, reforça sobre a importância de o motorista estar atento à manutenção dos veículos, especialmente os de carga, e ao fato de não deixar ferramentas e peças soltas nas carrocerias. Recentemente, um vídeo viralizou no WhatsApp mostrando uma barra de ferro que se soltou de um caminhão, atravessou o para-brisa de uma pick-up Strada e não atingiu o motorista por sorte.
“A Concessionária dispõe de um serviço de recolhimento de tudo o que cai na pista, mas não temos como evitar que algo se solte de um veículo e atinja outro. A recomendação é que o motorista verifique se as ferramentas, peças e objetos estão devidamente acondicionadas, presas, sem risco de se soltarem durante a viagem”, explica Milléo.
Pneus e freios – De acordo com o gerente técnico comercial da Sena Pneus, Marcelo Dias, o cuidado adequado com o pneu é fundamental para evitar que a borracha se desprenda de pneus originais ou recapados. A inspeção sobre a condição da peça, a atenção à pressão adequada para a carga transportada e o cuidado em regiões que podem gerar impacto, proporcionam uma vida útil mais longa ao pneu.
Dias destaca que a falta de cuidado e manutenção básica, como a calibragem, termina danificando o pneu ao ponto de impossibilitar o recapeamento. Com isso, a ‘cinta’ de borracha se solta durante a viagem.
O superaquecimento da borracha e as frenagens constantes e bruscas também contribuem para os danos na borracha, assim como comprometem o sistema de freios. Com relação aos freios, uma preocupação são as campanas (disco de ferro) que se soltam dos caminhões e carretas enquanto trafegam e podem atingir outros veículos.
Fique atento aos sinais – Para quem está viajando, três atitudes básicas podem ser adotadas por quem está na rodovia: manter uma distância segura dos veículos, principalmente se for de carga; avaliar as condições do veículo e o acondicionamento da carga que está à frente.
“Se identificar que o veículo apresenta danos, peças soltas ou carga mal acondicionada, o motorista deve aumentar a distância. Existindo a possibilidade de ultrapassar, a manobra também pode ser adotada”, orienta o gerente de Operações, Wilson Ferreira.
Ao identificar essas situações, a Rota do Oeste recomenda aos motoristas que avisem a Concessionária, por meio do 0800 065 0163, ou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para que ocorra a abordagem e orientação do condutor do veículo com suspeita de problemas.
A comunicação para a Rota do Oeste pode ser feita pelo 0800 065 0163, nas praças de pedágio de bases de atendimento. “Todos nós temos que zelar pela segurança do tráfego, sendo ou não Integrante da Concessionária. Por isso, é tão importante comunicar sobre essas situações. Dessa forma, podemos evitar acidentes”, finaliza o gerente.
Quadro
Objetos recolhidos |
Quantidade 2017 |
Borracha |
18.684 |
Metal |
2.219 |
Plástico |
1.474 |
Madeira |
1.459 |