Nova Rota do Oeste e PRF iniciaram Plano Operacional de Emergência para reforçar a segurança na rodovia
O número de atendimento a incêndios às margens da BR-163 em agosto deste ano é o maior registrado pela Nova Rota do Oeste desde 2015. Diante da baixa umidade do ar e da vegetação seca, a Concessionária alerta os motoristas sobre como trafegar em trechos com incidência de fumaça e lembra sobre as medidas preventivas para evitar o início das chamas na vegetação seca.
Dados operacionais apontam que este mês foram atendidas 159 ocorrências relacionadas a fogo na rodovia, o equivalente a 45% do total registrado durante o ano todo (351 atendimentos). O levantamento da empresa demonstra ainda que nos últimos nove anos, a incidência mensal de chamas na rodovia ficou abaixo da registrada em 2024, superando apenas 2015 quando foram atendidos 163 casos também em um mês de agosto.
De acordo com alertas da Defesa Civil de Mato Grosso, a umidade do ar no estado chegou a ficar abaixo de 12%. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) reforçam a gravidade do cenário ao indicar 10.672 focos de calor neste mês contra 2.485 registros em agosto do ano passado, um aumento de 329%.
O diretor de Operações da Nova Rota do Oeste, Wilson Ferreira, destaca que além dos danos ambientais, as queimadas refletem diretamente na segurança viária, quando registradas às margens das rodovias, visto que a fumaça prejudica a visibilidade do motorista e as chamas podem terminar atingindo os veículos ou cargas, como as de algodão (que são altamente inflamáveis) e de combustíveis.
Por isso, a Concessionária desenvolveu junto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) um Plano Operacional de Emergência para atuação na rodovia em casos de fogo. Dependendo da intensidade das chamas e volume de fumaça, a pista precisa ser interditada. A medida teve que ser adotada nove vezes.
“Sempre que identificamos o risco à segurança viária, optamos pelo bloqueio do tráfego até que a situação seja controlada pelas equipes da Concessionária, quando possível, ou pelo Corpo de Bombeiros”, explica o diretor.
Alguns trechos, como a Serra de São Vicente (BR-364), que tem um declive acentuado e bastante sinuoso, o risco de acidente aumenta muito quando a visibilidade está prejudicada. A região tem sido acometida por focos de queimadas, assim como outros pontos da BR-163/364.
Mesmo quando os trechos rodoviários não são interditados pela presença de fumaça, a recomendação aos motoristas é para que busquem um local seguro e aguardem até que as condições de visibilidade e de segurança sejam adequadas para seguir viagem. Existindo a presença de fogo muito próximo à rodovia, a orientação é para que não tente passar pelo local, pois pode haver mudança do vento e as chamas atingirem os veículos.
“Sabemos que a vontade de seguir viagem é grande, mas não é segura nessas condições. Então, é sempre melhor aguardar em um local – que pode ser um posto de combustível ou uma lanchonete, se possível – e esperar um pouco para chegar em casa de forma mais tranquila, sem riscos”, orienta Ferreira.
Como agir – Ao identificar a presença de fumaça ou fogo em trecho de rodovia, o motorista deve acionar e informar sobre a situação ao Corpo de Bombeiros, que é o órgão competente e preparado para o controle de incêndios. A complexidade do combate é alto e coloca em risco quem não está preparado para a atividade. Assim, não tente apagar o fogo e nem entre em áreas sem visibilidade.
Ao acionar o socorro, se possível, deve verificar alguma placa, marco quilométrico ou outro elemento que identifique a localização para facilitar o encontro da ocorrência e permitir que o controle das chamas ocorra de forma mais célere.
No trecho da BR-163/364 e Rodovia dos Imigrantes (BR-070, em Cuiabá a Várzea Grande), sob responsabilidade da Nova Rota do Oeste, o motorista pode entrar em contato via 0800 065 0163 e acionar a Nova Rota do Oeste, que fará o encaminhamento de equipes próprias e do Corpo de Bombeiros para atuarem, em parceria, na ocorrência.
A Concessionária dispõe de seis caminhões-pipa para auxiliar no controle das chamas de forma direta (quando o foco é inicial) ou indireta, apoiando o Corpo de Bombeiros com o aparato operacional. Além dos veículos especiais para transporte de água, a Nova Rota mantém mais de 10 pontos de abastecimento para os caminhões próprios e dos Bombeiros.
Todos os veículos operacionais da empresa contam ainda com abafadores e os funcionários têm conhecimento para atuação em pequenos focos. O diretor de Operação lembra que as equipes não têm a responsabilidade de combater incêndios florestais, mas sim apoiar o Corpo de Bombeiros.
Ainda como parte da parceira com a Instituição, o monitoramento 24 horas da rodovia pela Nova Rota do Oeste auxilia os Bombeiros na atuação mais imediata nas ocorrências. A empresa conta com monitoramento presencial, por meio de vistoria full time da rodovia, e câmeras e um Centro de Controle de Operação (CCO). Toda informação que chega à empresa é checada pelas equipes e, quando necessário, repassada aos órgãos competentes para a atuação.
Colabore – O conjunto de fatores climáticos aliado ao comportamento, muitas vezes, inadequado da população formam uma combinação grave, que pode resultar em incêndios florestais. O diretor da Nova Rota frisa que a ideia da empresa não é buscar responsáveis pelo fogo, mas sim encontrar aliados na prevenção. Todo cuidado é importante.
“Às vezes por um descuido ou distração, a pessoa pode acabar jogando algum objeto e até mesmo lixo pela janela do veículo. E isso pode ter uma consequência grave e nem sempre esperada. Uma bituca de cigarro, uma garrafa de vidro ou mesmo uma lata, podem ser responsáveis pelo início de um incêndio às margens da rodovia e se alastrar rapidamente. Estamos em um período de estiagem severa e todo cuidado é muito importante”, comenta.