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Cresce o número de mulheres na inspeção da BR-163

A equipe que inspeciona o trecho sob concessão da Rota do Oeste tem ganhado cada vez mais apoio feminino. Atualmente, sete mulheres integram o time que anda pela rodovia, de Itiquira até Sinop, verificando a via e dando apoio ao usuário. São quatro meninas no norte de Mato Grosso e três na região Sul. Os líderes dos setores afirmam que pretendem aumentar este percentual sempre que possível.

Além de rodar o trecho sob concessão, as Operadoras de Tráfego operam o guincho e têm contato direto com os motoristas, quando são acionadas ou quando identificam algum condutor que precisa de apoio. Alline Queiroz atua no norte do estado, na Base SAU 17, e está na Rota há apenas 6 meses. Ela diz que se sente feliz em ver cada vez mais mulheres exercendo o mesmo cargo. “Às vezes o usuário se surpreende e até fala ‘uma mulher? Será que vai dar conta?’, mas a gente leva na esportiva, até porque nós resolvemos os problemas e depois sempre recebemos elogios”.

O coordenador de Operações Edenilson Bueno lidera a equipe no sul de Mato Grosso e diz que o gênero não é um pré-requisito para o cargo. “Depois de passar pelas etapas existentes em qualquer processo seletivo da Rota, a pessoa vai ser treinada para atuar no cargo. E capacidade para aprender, todos têm, independente se homem ou mulher. Então, aumentar esta porcentagem é até uma das minhas metas. Primeiro, porque não é um cargo específico para homens e segundo que, por que não? Basta dar oportunidade para elas irem longe”, afirma.

Dorselia da Silva trabalha em Itiquira e está na função há dois anos e seis meses. Diz que o fato de a empresa considerar pessoas do sexo feminino como opção de contratação é um diferencial. “Eu me sinto honrada em fazer parte da equipe e ser uma das meninas a ocupar estes espaços. É importante a oportunidade para mostrarmos que somos tão capazes quanto os homens. Até porque, lugar de mulher é onde ela quiser”, comenta.

Judison Pereira Silva, líder na base SAU 15, diz que a equipe só tem a ganhar com a chegada das meninas e que não há problema de aceitação com os usuários. “A gente sabe que existe o machismo e algumas pessoas acham que elas não podem, mas aqui não tem essa de ‘serviço de homem’ e ‘serviço de mulher’ não”. Sobre a relação com os colegas, o conflito de gênero raramente acontece, mas Judison explica que, neste caso, o procedimento é “conversar com o Integrante, para que não se repita e, principalmente, sempre motivar a funcionária. É fundamental que ela saiba com certeza que todo mundo sabe que ela está aqui porque merece”.

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