Em 2024, Concessionária registrou queda de 30% no número de mortes, mas comportamento do condutor ainda preocupa
Associada à liberdade e à adrenalina, as motocicletas também são consideradas o tipo de veículo mais perigoso e que exigem um cuidado excepcional de quem opta por esse meio de transporte. Neste 27 de julho, quando se comemora o Dia do Motociclista, a Nova Rota do Oeste volta a chamar a atenção para os cuidados indispensáveis para trafegar na BR-163 em ‘duas rodas’, especialmente nas travessias urbanas onde ocorrem 80% dos acidentes envolvendo motocicletas.
Dados da Concessionária apontam positivamente para uma redução de 30% no número de mortes no primeiro semestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023. Ainda assim, a empresa avalia que o número poderia ser ainda menor se as regras de trânsito e uso de equipamentos de proteção fossem respeitados.
O diretor de Operações e TI da Nova Rota, Wilson Ferreira, avalia que o alto índice de ocorrências nas travessias urbanas – 80% do total de registros com esse tipo de veículo – é reflexo do excesso de confiança do condutor aliado à falta de respeito às regras de trânsito e ao ‘desprezo’ ao tipo de fluxo registrado na BR-163, majoritariamente de carretas e caminhões carregados.
“Observamos com muita frequência nos atendimentos dos sinistros a ausência do uso de capacete e até mesmo a falta de habilitação para conduzir motocicletas. Outro fator identificado é o fato de os motociclistas entenderem a rodovia como uma avenida, quando na verdade, o movimento é muito mais intenso, pesado e rápido. Dentro da cidade, as características do trânsito são totalmente diferentes de uma rodovia, mesmo as vias estando muito próximas”.
Na BR-163, as velocidades desenvolvidas são mais altas que dentro das cidades e os veículos são naturalmente mais pesados, uma combinação que exige um tempo de resposta maior. “Os motociclistas desconsideram esses elementos de trânsito, bem como a fragilidade à que estão expostos, uma vez que as motocicletas não oferecem nenhuma proteção”, aponta o diretor.
Dados e cuidados – Os locais com maior índice de registro são Sinop, Várzea Grande e Rondonópolis. Os tipos de acidentes mais registrados com a participação de motocicletas são as quedas (37%), colisões transversais (19%) e as traseiras (18%). Segundo o diretor de Operações, os números reforçam a participação dos condutores nos registros, visto que as quedas são reflexo do excesso de velocidade e inabilidade para condução, assim como as colisões transversais que ainda demonstram a falta de atenção ao acessar a rodovia ou fazer manobras.
“Pular canteiros, realizar retornos ou manobras irregulares, usar celulares durante a condução e o excesso de velocidade são condutas que identificamos a todo momento na rodovia e, infelizmente, esse comportamento coloca em risco a segurança viária como um todo. Pela falta de proteção natural oferecida pela moto, o condutor desse tipo de veículo é o mais prejudicado”, comenta.
Mas como agir para evitar acidentes?
Uso de Equipamentos de Segurança: capacetes, jaquetas com proteção, luvas e calçados adequados;
Manutenção: verifique regularmente os freios, pneus, luzes e outros componentes para garantir que estejam em boas condições;
Respeito às leis de trânsito: respeite os limites de velocidade e a sinalização, bem como as limitações do veículo; não realize manobra inadequada e em locais proibidos; não transporte crianças sem idade e altura mínimas;
Atenção redobrada: fique atento ao comportamento dos outros veículos e antecipe a possíveis ações para evitar colisões.