A operação da BR-163 sob concessão da Rota do Oeste tem recebido cada vez mais mulheres em seus times. Atualmente, nove mulheres compõem o quadro de operadoras de Tráfego ao longo da rodovia e, recentemente, uma equipe totalmente feminina foi contratada pela primeira vez pela Concessionária em conjunto com a empresa parceira BC2 para atuar na conservação da rodovia na região de Rondonópolis. Seja qual for a função, elas sempre inspiram admiração e respeito dos colegas e supervisores.
As mulheres estão presentes na equipe de operação de Tráfego da Rota desde o primeiro ano dos serviços operacionais e o número de contratações não parou de crescer. Em junho de 2015 eram apenas duas. Já em 2021, sete mulheres compunham as equipes. Hoje, as colaboradoras espalhadas por todo o trecho representam o maior número de operadoras de tráfego ativas na empresa. A mais antiga na função é a operadora de Tráfego Maria Edilma Rodrigues, que realiza a inspeção da rodovia na região de Sinop desde 2020.
Além do monitoramento, ela ainda opera um guincho e realiza todas as tarefas da função, como apoio ao usuário, remoção de objetos da pista e sinalização. Ela conta que quando se deparou com a oportunidade de trabalho pelas redes sociais não sabia o que era trabalhar em uma rodovia tão importante, mas se apaixonou. “Hoje o que eu mais gosto é saber que sou útil na vida dos usuários, nem que seja por alguns minutos”, afirma. A Rota do Oeste não faz distinção de gênero e todos(as) que desejam concorrer às vagas podem se candidatar por meio da plataforma.
Das nove colaboradoras na função, quatro atuam no norte da rodovia, entre Diamantino e Sinop. O coordenador de Operações David Carpezani, responsável pelo trecho, relata que elas desempenham a função brilhantemente e ainda prezam pelo capricho com o local e material de trabalho. “Elas fazem todos os procedimentos corretamente, não existe nenhuma diferença com o trabalho dos homens”, afirma. Carpezani não economia elogios à veterana Maria Edilma e reconhece que seu trabalho é perfeito.
Na relação com os usuários, o coordenador reconhece que existem alguns motoristas que ficam exaltados e estranham a presença de mulheres atuando na rodovia. Porém, a maioria não relata problemas com a questão. “Acredito que a maior parte deles é mais sensível no tratamento com elas, agradecem e registram elogios. Mesmo sendo um trabalho perigoso, elas enfrentam o desafio”, afirma Carpezani. Maria relata não lidar com preconceito em seu dia a dia, pois mesmo quando os usuários estão nervosos, ela consegue conversar e atender da melhor forma. “Amo o que faço e agradeço a oportunidade”, conclui.
A mais recente contratação foi a moradora de Lucas do Rio Verde Ana Claudia da Cruz, colaboradora da operação há menos de um mês. Ela conta que sempre quis ser motorista e hoje se sente realizada operando o guincho, mas não vai parar por aí: ela deseja chegar até a categoria E na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e dirigir todo tipo de veículo pesado!
Novidade no trecho – Recentemente a BR-163/MT passou a contar com a força das mulheres também na conservação. Há cerca de 30 dias a Rota do Oeste contratou, por meio da empresa parceira BC2, uma equipe composta por cerca de 10 mulheres para atuarem na conserva da rodovia, mais especificamente com a roçada da vegetação na faixa de domínio. A atividade é muito importante para a visibilidade da sinalização e segurança dos usuários, mas não é nada fácil.
O responsável pela conservação do trecho sul da BR-163/MT, Abner da Cruz, conta que as mulheres receberam o mesmo treinamento e orientações que as equipes masculinas e os resultados já estão surgindo. “É uma equipe nova, por isso durante o período de treinamento selecionamos os pontos menos críticos. Mas elas têm ótima produtividade e logo atuarão em todos os locais”, conta. Para ele, esta pode ser a primeira equipe feminina de muitas na conserva, a depender do resultado até o momento.
Uma dessas mulheres da conserva é a Ana Karoline Xavier Dias, que divide o ofício com a maternidade. Mãe de três filhos e ainda amamentando a caçula de apenas seis meses, ela agradece a empresa pela preocupação e cuidado com a equipe e fala sobre a experiência de sair de casa todos os dias para trabalhar sob o sol: “É cansativo, pois com a bebê não consigo dormir a noite toda. Mas é muito gratificante e tenho recebido apoio da empresa”, disse. Karol, como é chamada pelas colegas e supervisores, conta que nunca tinha trabalhado em nenhuma função parecida antes. “É uma experiência incrível, mesmo que o serviço não seja fácil”. Ela deixa uma certa quantia de leite para a filha antes de sair, mas é a primeira a ser deixada em casa após o expediente por conta do compromisso com sua pequena.
Admiração e coragem – Maria Edilma, Ana Claudia e Ana Karoline, assim como muitas outras, são mães além de trabalharem na rodovia. O desafio é grande, mas é reconhecido. Maria, mãe de dois, conta que seu filho mais velho, de 27 anos, fala da profissão da mãe com orgulho! “A mais nova tem medo, mas eu amo dirigir na BR-163. Quando fazemos o que amamos é uma diversão.” conclui.
Ana Claudia deixa ainda um recado inspirador para outras mulheres: “Nunca desista dos seus sonhos, independente do que você quer. Você pode e você consegue!”