Os seis municípios lindeiros à BR-163, no sul de Mato Grosso, receberam da Rota do Oeste o valor de R$ 7,3 milhões, referentes ao repasse de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) em 2018. Desde a chegada da Concessionária no estado, em 2014, os 19 municípios que margeiam a rodovia contaram com incremento de receita de aproximadamente R$ 100 milhões em impostos, sendo que R$ 24 milhões foram repassados somente no último ano.
O repasse do ISS é referente à arrecadação do pedágio e à subcontratação de serviços realizados no trecho de 850,9 quilômetros sob concessão. Em 2018, em média, R$ 2 milhões mensais puderam ser investidos em saúde, educação, infraestrutura, entre outros serviços, de acordo com o critério estabelecido por cada gestão.
Rondonópolis é o município lindeiro à rodovia que contou com o maior repasse no estado, R$ 3,1 milhões. Considerando somente a região sul, Itiquira fica em segundo lugar em recebimento, com R$ 1,5 milhão. (Veja quadro, cidades destacadas em azul)
Segundo o prefeito de Itiquira, Humberto Bortolini, conhecido como Betão, o dinheiro foi investido prioritariamente em educação e saúde. “Usados o repasse do ISS nas áreas que precisam, mas a saúde e a educação são prioritárias por contarem com orçamento insuficiente”.
O prefeito destaca que a receita proveniente dos trabalhos da Rota do Oeste, especialmente os valores relacionados ao pedágio, já faz parte da programação da gestão ao longo do ano. “É um valor importante para a cidade e a administração conta com esse repasse, que nos ajuda muito nas despesas”, comenta Betão.
Além de incrementar a arrecadação de ISS de Itiquira, a chegada da Rota do Oeste em Mato Grosso impactou positivamente na oferta de empregos para os moradores da cidade e atendimentos na região. “Antes de existir a Concessionária, era a saúde do município que atendia os acidentes e isso impactava muito para nós. Agora, contamos com esse apoio da empresa nos atendimentos de vítimas”.
Repasse – Os municípios recebem o valor do ISS mensalmente. O imposto é uma das principais fontes de receita municipal e por isso tem destinação desvinculada, ou seja, cabe à administração ou à legislação local definir a sua melhor aplicação.
Os montantes são destinados de duas maneiras para as gestões. O cálculo para o repasse relacionado ao pedágio considera a arrecadação nas nove praças existentes ao longo da BR-163, a abrangência da rodovia em cada município e o percentual de ISS cobrado pela gestão. Com relação às obras, o repasse considera o local onde as empresas realizam as atividades.
Município |
Total (R$) |
Média mensal (R$) |
Acorizal |
351.077,03 |
23.126,19 |
Campo Verde |
801.652,80 |
54.316,29 |
Cuiabá |
1.254.725,86 |
96.022,82 |
Diamantino |
1.135.328,93 |
131.074,68 |
Itiquira |
1.531.850,38 |
112.180,35 |
Jaciara |
1.143.776,31 |
89.863,75 |
Jangada |
1.069.023,80 |
108.883,22 |
Juscimeira |
641.469,52 |
50.754,42 |
Lucas do Rio Verde |
1.408.300,60 |
107.563,64 |
Nobres |
742.370,88 |
57.139,09 |
Nova Mutum |
2.191.254,92 |
187.596,10 |
Rondonópolis |
3.111.393,43 |
239.365,88 |
Rosário Oeste |
1.524.635,90 |
135.636,47 |
São Pedro da Cipa |
73.643,20 |
5.676,20 |
Sinop |
1.243.508,28 |
88.565,12 |
Sorriso |
2.849.711,77 |
214.153,31 |
Sto. Antonio de Leverger |
883.688,77 |
76.533,96 |
Várzea Grande |
1.586.251,16 |
130.823,83 |
Vera |
425.141,93 |
27.248,12 |
Total Geral |
23.968.805,47 |
1.936.523,44 |