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Nova Rota tem o dobro da força feminina em comparação ao cenário nacional

Com a presença de 46,5% de mulheres no quadro de funcionários, a Nova Rota do Oeste emprega mais que o dobro do público feminino em comparação às empresas do segmento de Indústria e Infraestrutura, que fica em torno de 20%, segundo a pesquisa Observatório 2023. A Concessionária da BR-163/MT também é uma das poucas do Brasil a ter uma mulher comandando o setor Operacional, uma área tradicionalmente ocupada por homens quando o assunto é rodovia.

Liderando 555 pessoas – sendo 264 homens – que cuidam do funcionamento da BR-163, entre Itiquira e Sinop, a gerente de Operações da Nova Rota, Bárbara Nathane, é uma das poucas mulheres do país a ocupar essa função e defende que não há qualquer impedimento para que uma mulher ocupe o cargo e função que desejar.

“Trabalho no setor rodoviário há 15 anos, comecei como atendente do 0800 em uma concessão de rodovias no interior de São Paulo. E vejo que evoluímos muito nas questões de gênero nos últimos anos. No passado, mesmo desenvolvendo todas as atividades gerenciais, uma mulher não ultrapassava um cargo de analista dentro de uma concessão”, comenta.

A mudança no cenário profissional também é percebida pela gerente de Pessoas e Organização (P&O) da Nova Rota, Thaise Pereira, que trabalha na área de Recursos Humanos há 17 anos. “Nos últimos anos vemos mais mulheres em cargos estratégicos e de liderança, o que é uma evolução. Como sociedade ainda precisamos melhorar e discutir muito sobre o assunto e, por isso, na Concessionárias sempre levamos a pauta para a mesa, propomos qualificação, treinamento, palestras, que são meios de conscientizar o poder de todos e quebrar paradigmas”.

Como parte desse processo de promoção à igualdade, a Concessionária dispõe de um Comitê de Diversidade, Inclusão, Equidade e Pertencimento, o DIEP, comandado pelo supervisor de Responsabilidade Social da Nova Rota, Tharley Teixeira.

Ele comenta que o censo da empresa demonstrou alguns números favoráveis às mulheres, como o número de funcionárias acima da média em ramos similares. Cita que o percentual de mulheres contratadas na Concessionária é equiparado aos setores de Bancos e Serviços Financeiros (42,9%) e TI e Telecom (40,8), seguindo os dados do Observatório 2023.

“Mas isso não basta para a empresa. Estamos na missão de criar um ambiente de trabalho cada vez mais acolhedor e igualitário, sempre ofertando oportunidade de crescimento e desenvolvimento profissional e pessoal. Além disso, vamos buscar um percentual de contratação feminina ainda maior, equivalente à média da população nacional, segundo o IBGE, que é de 51%”, comenta Teixeira.

Quebrando regras – Embora o mercado profissional se apresentasse resistente à liderança de mulheres no setor operacional de rodovias, Bárbara afirma que nunca deixou de se qualificar, desenvolver na área e buscar reconhecimento profissional. E foi justamente o conhecimento construído por ela que a trouxe para Mato Grosso com a missão de implantar o Centro de Controle Operacional (CCO) da BR-163/MT em 2014, quando a Concessionária assumiu a administração da rodovia. “Recebi o convite para coordenadora na época e já era um cargo que não se falava muito em contratar mulher. Aceitei o desafio e vim”, relembra a gerente.

Em 10 anos, Bárbara atuou como coordenadora do CCO, assumiu a gestão de todo o setor Operacional e há 2 anos recebeu o desafio de gerenciar. “Sempre procurei fazer a mais, conhecer a área, entender os processos dos meus líderes para ser útil dentro da empresa e estar preparada quando as oportunidades chegassem. Tenho um envolvimento grande com a área e não sinto resistência dos liderados pelo fato de eu ser mulher”, avalia.

Como gerente de um setor que concentra mais da metade dos funcionários diretos da Nova Rota, Bárbara relata que não faz diferenciação de gênero dentro da equipe, seja na hora da contratação, seja durante as execuções das atividades. Atualmente, a inspeção da rodovia conta com a presença de 12 mulheres atuando como operadora de Tráfego l. “O trabalho é atender os motoristas que estão na rodovia e na BR-163 a maioria é carreteiro. Tem que guinchar, trocar pneu, entrar embaixo de veículo. Se a candidata tem interesse, quer trabalhar com isso e tem aptidão, a vaga é dela. Não me oponho à contratação de ninguém que tenha capacidade técnica para desempenhar as funções”.

A operadora de Tráfego l Poliana Sirineu Machado, 35, é uma das mulheres que cuida do bom funcionamento da rodovia e comenta que vê na Nova Rota oportunidade de crescimento profissional na área. Atualmente, ela está em treinamento para aprender a operar o Guincho Pesado (GP), equipamento que demanda muita técnica e conhecimento operacional.

“Me sinto acolhida pela empresa e incentivada a buscar crescimento profissional. Aprender sobre o GP é um desafio pessoal e gostaria muito de ser a primeira mulher a carregar esse crachá, mas sei que tem as limitações de força física, que estou buscando superar com técnica”, pontua.

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