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PRF aposta em redução de acidentes com a duplicação da BR-163 pela Nova Rota

A duplicação da BR-163/MT, de Diamantino a Nova Mutum, vai impactar na fluidez do tráfego e no fortalecimento da segurança viária, segundo a avaliação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que vai reforçar a fiscalização na região e a conscientização dos condutores que trafegam pela rodovia. A obra da ampliação de capacidade do trecho foi lançada pela Concessionária Nova Rota do Oeste neste sábado (01.07.2023), em Nova Mutum. Nesta primeira frente de trabalho serão investidos R$ 618 milhões e a conclusão dos serviços vai refletir na redução dos três tipos de acidentes mais recorrentes no segmento e, principalmente, o mais letal: as colisões frontais.

Durante a solenidade da assinatura da ordem de serviço para início das obras, o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Arthur Nogueira, destacou que há anos aguarda a duplicação do norte da BR-163 e avaliou que “a pista dupla evita o cruzamento dos veículos entre si e, com isso, diminui consideravelmente alguns tipos de colisões, como as frontais. Esse tipo de acidente, principalmente quando envolve veículo de carga e automóvel, resultam em mortes ou causam os ferimentos mais graves”.

Segundo o presidente da Nova Rota do Oeste, Luciano Uchoa, a primeira frente de obra ocorre neste local por escolha técnica com mapeamento dos pontos com maior incidência de ocorrências. Lembra ainda que a retomada da duplicação vai corrigir problemas existentes no segmento, como a falta de acostamento e o ‘degrau’ (diferença de altura entre a pista e a faixa de domínio).

O primeiro e mais importante impacto das obras no segmento deve ser a queda do número de colisões frontais, uma vez que a duplicação elimina a necessidade de ultrapassagem forçada. Embora represente apenas 3% dos acidentes no local que receberá a obra, os choques frontais refletem em 48% das mortes na mesma região. Em menor escala, a duplicação ainda deve influenciar na redução de ocorrências, como as saídas de pista, tombamento e colisões traseiras, que juntas somam 56% do total de acidentes entre o Posto Gil e Nova Mutum.

“A grande importância da duplicação para BR-163 é que além da melhoria da circulação dos produtos, do escoamento da safra e do fortalecimento do setor logístico, vamos poder oferecer uma rodovia mais segura, com a chance de salvar vidas”, comentou Uchoa.

Apesar da relevância da obra para a segurança, Nogueira voltou a frisar que somente infraestrutura não basta para diminuir as ocorrências, uma vez que a conduta dos motoristas também reflete diretamente na segurança do trânsito. Por isso, já antecipa que vai intensificar a fiscalização no trecho, especialmente com relação às velocidades desenvolvidas no trecho. “Seguiremos com o trabalho de conscientização dos condutores e reforçaremos a fiscalização. Quando duplica a rodovia, os motoristas costumam a aumentam a velocidade e esse comportamento resulta em outros tipos de acidente”. 

Dados da rodovia corroboram a fala de Nogueira, uma vez que 40% dos acidentes com mortes em todo o trecho sob concessão da BR-163 acontecem em pista já duplicada, reforçando a necessidade de uma maior conscientização dos motoristas sobre a influência das suas ações no trânsito. Com esse enfoque, a Concessionária também vai trabalhar no reforço à educação para o trânsito por meio de campanhas e ações presenciais com os motoristas em geral, mas com enfoque maior nos caminhoneiros, que são os principais clientes da BR-163.

Obras – A duplicação lançada em 1º de julho contempla a primeira frente de trabalho, com uma extensão de 86 quilômetros da BR-163 – do Posto Gil (Diamantino) a Nova Mutum.  O prazo para conclusão deste segmento é de até 24 meses.

As equipes iniciarão as atividades às margens da pista sentido norte a partir do km 507, na região conhecida como Posto Gil, em Diamantino, avançando até o km 593,6, em Nova Mutum. A previsão é que no primeiro ano de obras sejam concluídos 36 quilômetros de pista nova, acostamento, canteiro central, sinalização horizontal e vertical, além da recuperação da via antiga. Neste período também deve ser concluído um retorno em desnível. Para o segundo ano de obra, está prevista a conclusão dos serviços até Nova Mutum, construção de duas pontes (uma sobre o rio Arino e outra sobre um afluente) e mais dois diamantes (obra de arte relacionada a contornos e retornos) no km 572 e no km 592, em Nova Mutum.

Crédito da fotografia: Maria Helena – Por Aí Conteúdo

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