As rodovias sob concessão privada em Mato Grosso tiveram a melhor avaliação dos últimos cinco anos pelo menos, segundo a 22ª edição da principal pesquisa que mede a qualidade das estradas brasileiras, realizada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte). A quantidade de trechos rodoviários em bom estado de conservação aumentou em 20% em 2018 se comparada ao ano passado. Os resultados divulgados nesta quarta (17) mostram que, somadas, as avaliações “ótimo” e “bom” das rodovias concedidas, o índice este ano foi de 65,5%. No ano passado, a taxa era de 41,7%. A melhor avaliação havia sido em 2016, com 58,1%. O levantamento considera como indicadores as condições do pavimento, sinalização e geometria da via.
A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) analisou mais de 107 mil km de rodovias estaduais e federais pavimentadas do país. Em Mato Grosso foram 4.810 km, sendo 982 km correspondentes aos trechos concedidos no estado. Uma das principais vias do país, a BR-163 conta com 850,9 km sob responsabilidade da Rota do Oeste. A rodovia é a única federal sob concessão em Mato Grosso.
Conforme a pesquisa, a avaliação “ótimo” subiu de 5% em 2017 para 22,6% em 2018. Também teve alta a classificação “bom”, chegando a 42,9% este ano, contra 36,7% no ano passado. A diferença de trecho avaliado foi de 993 km no ano passado, para 982 km em 2018, o que representa pouco mais de 1%. O percentual é próximo aos anos anteriores, atestando que o trecho avaliado é praticamente o mesmo desde 2014.
Em 2018, a situação de 222 km de rodovias concedidas foi considerada ótima, 422 km classificadas como “bom” e nenhum trecho apontado como “péssimo”. Já na avaliação das rodovias públicas do estado, a classificação “ótimo” ficou em 3,9% e “bom” com 30,2%. O maior índice foi “regular” com 48,7%.
O diretor-presidente da Rota do Oeste, Diogo Santiago, destaca que a Concessionária vem executando continuamente pacotes de recuperação do pavimento ao longo da BR-163, além das atividades de manutenção nos pontos mais críticos. Atualmente, as equipes concentram os serviços com obras na região norte da rodovia, entre Diamantino a Sinop, e a BR-070 (rodovia dos Imigrantes), no Trevo do Lagarto.
“Iniciamos frentes de serviços nos trechos considerados mais críticos por entendermos a necessidade de melhoria na trafegabilidade da BR-163. Nos próximos meses, o fluxo de veículos de carga deve aumentar com a chegada do período de escoamento da safra, então, quanto antes a rodovia estiver em boas condições, é melhor para a produção e economia”, apontou Santiago.
Indicadores – Para chegar até a classificação geral das rodovias, a CNT avalia três critérios: pavimento, sinalização e geometria da via. Nos três quesitos, a avaliação positiva das rodovias concedidas de Mato Grosso em 2018 é a melhor dos últimos cinco anos. O destaque no estado ficou com o quesito sinalização, que este ano somou 81,9% da classificação positiva. Em 2017, a taxa ficou em 40,1%. O resultado nacional também teve avanços, com alta de 14,5 pontos percentuais.
O indicador pavimento este ano teve 62% de classificação positiva este ano e a geometria da via pontuou 40,7% entre ‘ótimo’ e ‘bom’. Em 2017, a classificação foi de 50,6% e 40,1%, para pavimento e geometria da via, respectivamente.
Concessões – No país, a alta na classificação positiva das rodovias concedidas foi de 7,5 pontos percentuais. O índice subiu de 74,4% para 81,9% em 2018. O presidente da CNT, Clésio Andrade, ressalta a importância da participação da iniciativa privada para a construção e manutenção das rodovias brasileiras. “Não temos dúvidas de que o poder público precisa reconhecer a importância da iniciativa privada e chamar os investidores para serem protagonistas dessa empreitada. A viabilização dos investimentos privados, com a garantia de segurança jurídica e propostas atrativas de parceria, deve ser sempre priorizada”, disse.
CNT – Considerado o principal levantamento sobre a situação de rodovias no país, a pesquisa CNT tem como objetivos servir de instrumento de diagnóstico da malha rodoviária do Brasil e subsidiar estudos para que políticas setoriais de transporte, projetos privados, programas governamentais e atividades de ensino e pesquisa resultem em ações que promovam o desenvolvimento do transporte rodoviário de cargas e de passageiros. A pesquisa de 2018 pode ser acessada na íntegra no site da Confederação.