A Concessionária Rota do Oeste, responsável pela operação e por parte das obras de duplicação da BR-163 em Mato Grosso, liberou para o tráfego, neste domingo (20), o total de 117 quilômetros de rodovia em pista dupla, o maior segmento duplicado no Estado. A entrega do trecho, compreendido entre a divisa com o Estado de Mato Grosso do Sul e Rondonópolis, a conclusão da primeira grande etapa das obras. Com a entrega, a Concessionária também se antecipa em 45 km ao cronograma estipulado com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que era de abrir ao tráfego 74 km até 20 de março.
Nestes dois anos de trabalho, cerca de 5 mil pessoas foram mobilizadas no pico das obras para a construção da nova pista e mais 16 dispositivos entre viadutos, pontes retornos. Este foi o maior projeto rodoviário executado nos últimos anos em Mato Grosso e contou com o investimento de R$ 310 milhões.
A partir de agora, o principal acesso ao Estado se dá por pista dupla. Na opinião do diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, dois benefícios poderão ser percebidos imediatamente. O primeiro é a segurança, uma vez que os riscos de acidentes reduzem consideravelmente em rodovias duplicadas. O segundo é o tempo de viagem, que também tem queda significativa em comparação com estradas de pista simples.
Este segmento da BR-163 também é a via mais importante no acesso aos portos das regiões Sul e Sudeste e, por isso, é muito utilizado por veículos de carga e foi priorizado pela Concessionária. “Existia um problema na região de acesso ao terminal de grãos da ALL, que recebe cerca de 800 caminhões por dia, sendo que no pico da safra este número chega a 1.200 por dia. Outro motivo foi o licenciamento ambiental, que estava em parte concedido neste trecho, o que ajudou a dar celeridade ao início dos trabalhos”, explica o diretor presidente da Rota do Oeste, Paulo Meira Lins.
O conjunto de obras, executadas pela Construtora Norberto Odebrecht, também inclui a construção de nove dispositivos de acesso e sete obras de arte, como pontes e viadutos, dois acessos e três bases do Sistema de Atendimento ao Usuário (SAU). Entre os dispositivos, dois deles são retornos em desnível, outros dois da modalidade trombeta, como o que dá acesso ao aeroporto de Rondonópolis, e cinco diamantes.
Após a conclusão deste primeiro grande desafio, a Concessionária Rota do Oeste passa a priorizar a restauração do pavimento nos trechos recém-assumidos, entre Rondonópolis e Cuiabá e de Várzea Grande a Rosário Oeste. Estes dois pontos, onde 11 frentes de trabalho atuam noite e dia, receberão atenção especial devido ao avançado estado de degradação do pavimento e também à sua importância, já que são os dois principais acessos à Capital. Meira Lins explica ainda que a avaliação técnica da empresa havia detectado alguns trechos críticos nestes segmentos, mas que com as chuvas e o tráfego intenso para escoamento da safra, o problema se agravou, atingindo inclusive pontos antes considerados em estado regular.
Dois anos em transformação
Nos dois últimos anos, a Concessionária Rota do Oeste investiu R$ 1,2 bilhão em obras de melhorias, duplicação e implantação do Sistema de Atendimento ao Usuário (SAU). Foram mais de 450 quilômetros de rodovia recuperados, e agora em manutenção constante, em três pontos, da divisa de Mato Grosso do Sul até Rondonópolis, o contorno de Cuiabá e Várzea Grande e de Diamantino (Posto Gil) até Sinop.
Fora isso, o SAU completou 18 meses desde início da operação e soma mais de 150 mil ocorrências atendidas com o resgate de quase 60 mil veículos e atendimento pré-hospitalar a mais de 10 mil pessoas. Trabalhos que contribuem para a redução de mortes na rodovia.