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Tecnologia utilizada na produção de asfalto é caminho na preservação ambiental em Mato Grosso

Inovação deve reduzir o consumo de produtos provenientes do petróleo e frear a poluição do meio ambiente

O armazenamento e a destinação adequada de resíduos continua sendo uma grande preocupação na proteção ambiental. O reaproveitamento de materiais não renováveis, como os produtos provindos do petróleo, deve ganhar cada vez mais espaço nas ações de preservação do meio ambiente.

Utilizado na pavimentação de rodovias e vias urbanas, o asfalto é um produto proveniente do petróleo, uma fonte não renovável, e apresenta diversos impactos ambientais em todo seu processo desde a produção e aplicação. Para ir na contramão disso, pesquisadores buscam desenvolver métodos mais sustentáveis para reaproveitar esse composto.

Nesse sentido, a Concessionária Nova Rota do Oeste, que administra 850,9 quilômetros da BR-163 em Mato Grosso, desenvolveu um laboratório para utilizar parte do asfalto deteriorado, após tratamento e beneficiamento, na composição de uma nova massa asfáltica. Este investimento em pesquisa e reaproveitamento realizado pela Concessionária ainda é pouco explorado no restante do país.

Rheno Thormin, gerente de Pavimentos e Controle Tecnológico da Concessionária, é o responsável pelo laboratório e afirma que, em geral, os pavimentos são dimensionados para durar 10 anos, e após o desgaste, todo o material asfáltico que é retirado do pavimento das rodovias é descartado. Com o investimento em pesquisa no laboratório da Nova Rota do Oeste, hoje é possível que esse material seja reaproveitado para compor um novo asfalto de forma segura evitando que este material se transforme em um passivo poluente. 

“É importante que seja analisado em laboratório para definir qual será a porcentagem do material reciclado que pode ser adicionada na massa asfáltica nova. O objetivo é garantir que depois de pronto, o pavimento que recebe a massa asfáltica reciclada atenderá a todos os parâmetros de desempenho necessários”, afirmou o gerente.

O laboratório foi criado em 2018 para iniciar os estudos, mas o trabalho de reaproveitamento só começou a ser aplicado após três anos de pesquisa, em 2020. No laboratório são realizados os testes necessários para, através de dosagens, verificar e avaliar a volumetria, densidade, resistência à tração, compressão, fluência e estabilidade, sendo possível determinar se os parâmetros estão sendo atendidos e se os resultados apresentados estão dentro das normas para o reaproveitamento desse material.

Investir no reaproveitamento do composto asfáltico, além de contribuir com a diminuição nos níveis de poluição produzidos na extração e manipulação do petróleo, reduz o descarte de um material poluente. Essa reciclagem também promove uma economia financeira nas obras em ruas e rodovias. Por exemplo, em uma obra de recapeamento, onde a massa asfáltica utilizada apresentava 25% de material asfáltico reciclado em sua composição, resultou em uma economia de 16% nos custos. 

Em resumo, a medida pode resultar em mais obras ou investimentos, e mais trechos recapeados nas rodovias. Esta pode ser uma solução para o problema de descarte de materiais não-renováveis provindos do petróleo, que tanto preocupa pesquisadores e institutos de preservação ambiental. Quando o investimento em estudo e pesquisa pode refletir em cuidado com o meio ambiente.

 

 

 

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